Há dois ou três anos atrás, eu via, com profunda decepção, a pressão que José Pereira (SECRETÁRIO DE CULTURA DE CARUARU) recebia de um grupo chamado “Juventude Consciente” (consciente???), que, provavelmente estava sendo abraçado por possíveis patrocinadores e políticos. Na ocasião, o grupo entregava um “documento” solicitando que a prefeitura voltasse a colocar as bandas de fuleiragem na sua programação junina, já que, no ano anterior, a gestão resolveu investir no saudável, tendo um retorno muito positivo, em relação a crítica e público, fazendo Caruaru voltar a ser considerada a Capital do Forró.
A fuleiragem voltou. Mas embora, José Pereira tenha colocado (em documento inclusive), uma série de restrições, nada adiantou. A programação voltou da pior forma possível. Estou citando isso, vendo na ótica de um secretário que foi engolido pela imposição covarde do mercado, aliado à indiferença das políticas públicas em relação às nossas tradições culturais e suas vertentes positivas.
Agora, imagine uma gestão que além de indiferente, combate as ações do bem?
Lembram dos gestores da cidade do Cabo de Santo Agostinho??? Que, aliados com uma grande empresa, com a especulação imobiliária e com os novos moradores, expulsaram covardemente a Festa da Lavadeira da Praia do Paiva?
Pois bem... Estão de volta mais uma ve provando o que pra eles, é prioridade...
Realiza um tal festival da juventude (será que é a juventude consciente???), onde eles jogam o nome de Luiz Gonzaga num saco de lixo, em meio a uma programação pífia e distante da realidade do tema.
E no fim, eles vêm com um discusso pronto de que “A gente coloca o oque o povo gosta.”
Isso me faz lembrar, de novo, a parábola do martelo. Um politiqueiro andava na rua e viu um cidadão batendo com um martelinho na cabeça, de forma incessante. Ele, o politiqueiro, estranhou e foi perguntar o motivo da auto-flagelação. E o cidadão respondeu dizendo que fazia aquilo porque tava na moda e todo mundo gostava. Na teoria, o político, que está ali para representar o povo, deveria, pelo menos, advertir que aquilo poderia causar danos cerebrais ao cidadão... Mas, na prática, ele vai no armazém, compra um martelo de melhor qualidade e entrega pro cidadão continuar o “serviço”. É assim no cotidiano... E muita gente não percebe...
Coisas dos representantes do povo!!!
Por André Agostinho
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