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A Revolução Pernambucana

quarta-feira, 13 de março de 2013

A PARABÓLICA
























Eu poderia dizer que “estamos com a parabólica fincada na lama ligando Pernambuco com o mundo”. Seria interessante, convidativo, explicativo... Mas não seria o suficiente. A inquietação não deixa. Meus poros não permitem que uma frase que diz tudo, seja tudo o que eu tenha a dizer. 

A pessoa que se permite caminhar na luta sabe que é preciso coletividade. A expressão da caminhada começa com o grito de cada um. É preciso ter voz. É preciso alertar. E assim, as vozes se unem. Porque, como disse o poeta: “O homem coletivo sente a necessidade de lutar”.

Vamos aguçar nosso meio Nosso chão. Através do megafone, dos manifestos, das reuniões (clandestinas ou não), das ideias, dos ideais... Entrelaçando-se com a arte. Exigindo que os holofotes mirem na nossa ousadia. Sacudir o nosso chão através de nossos valores, nosso sotaque, nossa culinária, nossos tambores, nossas loas... 

Nossas poesias, nossas danças, nossa história... Mas sem ufanismo.
Sacudir a mente. Cultura como ferramenta de conscientização. A partir do povo. Com suas tentativas diárias de sobrevivência. Povo! Nas palafitas... Nos manguezais... O caranguejo como elemento central. Mangue como ideologia de vida. Caranguejo como alimento principal... Mangue como fuga dos sem-teto.

Estamos vivos! E soltando a voz para que o mundo escute. Vamos carregando o ônus e o bônus do nosso chão. Como já comentei, é preciso ter coletividade. É preciso soltar a voz. Aquele caranguejo sobressaiu-se e desenvolveu o cérebro a partir de sua metamorfose sociocultural. Aí sim. Podemos dizer com propriedade que “estamos com a parabólica fincada na lama, ligando Pernambuco com o mundo”. E vice-versa!

Dedico este texto ao Malungo Chico Science.




Por André Agostinho

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