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A Revolução Pernambucana

domingo, 16 de dezembro de 2012

UM CALDEIRÃO DE MEDO!




















“A indicação do produtor Felipe Carreras, do Caldeirão, para a pasta de Turismo e Lazer também teve grande repercussão nas mídias sociais. As empresas da qual é sócio têm contratos com os principais nomes do pagode, do axé e do ‘forró’ fuleiragem, além de realizar shows privados e para governos. Resta saber como vai conciliar esses interesses com a gestão pública e a diversidade cultural do Recife, principalmente com a sena alternativa e independente, quem mais criticou a sua escolha.”

Marcelo Pereira – Coluna Rec_Beat – Jornal do Commércio – 15 de dezembro de 2012


A expectativa negativa em torno de uma possível recaída ao banal para explorar o turismo da capital pernambucana, é cada vez maior. Claro que criamos tais expectativas em cima de históricos. E como foi citado no texto acima, o histórico de Carreras passa longe da identidade do Recife. Então, acabo questionando:

Será que sempre iremos construir boas ações com medo das marretas?

Construir não é fácil. Mas as marretas destroem tudo “num piscar de olhos”.

O poder público, que teoricamente deveria nos representar, acaba nos obrigando a ficarmos num alerta incessante. É feito aquela frase antiga e que cabe muito bem neste momento: Cochilou, o cachimbo cai.

Não sei qual o critério adotado para uma composição na pasta de turismo. A EMPETUR, por exemplo, é altamente vulnerável. Parece não se importar em explorar nosso potencial para o turismo. Vende lá fora muitas vezes um produto que não fomenta aqui dentro.

Voltando ao Recife, confesso que estou torcendo para me surpreender, mas já espero o peso das marretas, destruindo algumas lutas. A visibilidade do Recife voltará a ser explorada pela desconstrução, o mercado segregador, eventos descartáveis e massificação do superficial e do pejorativo, buscando um quantitativo induzido que em nada nos favorece, enquanto história e cultura.

Repito: Espero, e muito, estar enganado. Mas o horizonte para o fomento (ou falta dele) da identidade do Recife me deixa apreensivo.


(André Agostinho)

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