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A Revolução Pernambucana

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

DESABAFO
















No início do ano, fomos surpreendidos com um golpe baixo da EMPETUR, que conseguiu arruinar a grade do carnaval pernambucano, jogando na sarjeta, anos de luta para a reconstrução da nossa identidade. O rastro da instituição seguiu em algumas cidades no ciclo junino e na missa do vaqueiro, em Serrita, que mesmo com tanta tradição, mal foi citada este ano. Por muito pouco não perdemos a essência do Festival de Inverno de Garanhuns. Se não gritássemos, seria outra grande derrota. Pois bem... Quando vi o Sr André Campos assumir a pasta de Turismo de Recife, já imaginava o que estava por vir. É só lembrarmos do Balança Rolha, bloco que andou na contramão do que Recife plantava, e que (paradoxalmente) fomos salvos pelas constantes brigas que “envergonharam” nosso estado em rede nacional. O secretário era (acredito que ainda seja) diretor do bloco.
Coincidência ou não, as duas instituições são ligadas ao turismo (EMPETUR e a secretaria do Recife aqui citada). E não deu outra!!!
Unindo-se a uma produtora que não tem compromisso com a cultura local, a secretaria de Turismo do Recife resolveu reativar o recifolia, dando seguimento às ações negativas de uma gestão desastrosa, destruindo um trabalho que vinha sendo feito com um esforço gigante para dar ao Recife, sua identidade de volta.
Provavelmente com aquela covardia de colocar os bonecos gigantes no asfalto junto com as orquestras de frevo na hora em que não tem ninguém, como justificativa do discurso demagogo de que “o evento não fará restrições de gêneros.”
Este seria o momento ideal para os artistas pernambucanos não aceitarem participar do referido evento, caso algum seja chamado.
É uma pensa notarmos que o Poder Público consegue destruir tudo o que é tão difícil erguer. Nossa arte não tem o espaço merecido. Nossos artistas são desrespeitados. Nossa luta é travada. Tudo porque eles, os “representantes do povo”, não dão a mínima para a cultura e suas vertentes do bem.
O que vale são os conchavos com o mercado segregador e com as produtoras de gosto duvidoso. Isso não é papel do poder público.
É lamentável ser obrigado a ver o delínio da nossa identidade em troca do lucro de poucos desinteressados com a própria história.
(ANDRÉ AGOSTINHO)

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