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A Revolução Pernambucana

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

AS TAIS MÚSICAS DE 200 ANOS ATRÁS

"(...) Às 2h40 Elba Ramalho foi buscar Ivete Sangalo, que subiu no palco do Chevolet Hall de azul e incendiou a casa de espetáculo. Uma histeria total. Gritos e mais gritos para a rainha do axé que cantou mesmo seus sucessos imortais. Foi de Aceleraê, sendo acompanhada pela multidão, mostrando que o povo quer mesmo é cantar as músicas da hora e não canções de carnavais de '200' anos atrás".
(Trecho de um texto do blog social, do JC ONLINE, sob a responsabilidade da jornalista Roberta Jungmann)

Palavras como estas, entregam pessoas que não conhecem nem sequer um palmo de nossa essência. Pessoas que expõem em suas colunas sociais, o ar descartável de não estar no nível da arte de um povo, e acabam mostrando que é preciso subir muito para alcançar a eternidade de monstros sagrados da cultura deste país

Nomes como o grande Mestre DUDA, homenageado do carnaval do Recife. Como o Mestre Ademir Araújo... Levino Ferreira, Capiba, Severino Araujo, Nelson Ferreira... Mestres que são arrimo, como Edgard Moraes, Raul Moraes, Carnera... Edson Rodrigues, Felinho. Nomes que vão seguir eternizando a qualidade, como Siba, Zé Manoel, Nação Zumbi, Eddie... Alceu Valença, Carlos Fernando,  J. Michiles, Silvério Pessoa, Geraldo Maia, Cláudio Almeida, Alessandra Leão, Adryana BB, Pouca Chinfra...

Nomes que deixaram sua eternidade, como Chico Science, Moacir Santos...

Se os amigos e as amigas prestaram atenção, os nomes citados acima, são um elo de gerações distintas. O que atinge os tais "200 anos", é a qualidade. Daqui a 200 anos, colunas importantes do jornalismo brasileiro serão lembradas. Mas as descartáveis, como a que cita palavras que dão início a este texto, ficarão pelo caminho, porque o fútil não se eterniza.

Em outro texto, citei aqui, que RESPEITO deve ser a palavra de ordem. e o que devemos pedir a esta pessoa, é que respeite nossa arte. Nossa identidade. Nossa cultura. 

As tais "músicas da hora", se não tiverem essência, ficarão pelo caminho. E se a leiga jornalista tiver a sorte de estar com sua coluna daqui a 10 anos, fará a mesma referência das música de 200 anos atrás. E nem ela estará lembrando das "músicas da hora". 


Em tempo: O Rio de Janeiro voltou a colocar os seus blocos na rua. Os holofotes cariocas miraram Pernambuco, e viram que o carnaval popular é realmente a essência das brincadeiras nas ruas. Milhares de pessoas brincando. E adivinhem!!! Cantando marchinhas. De 200 anos atrás. 

Resumindo. A tal jornalista perdeu uma ótima oportunidade de economizar as letras.  

Detalhe: O coletivo é importante. Não podemos deixar que pisem assim na nossa arte. As palavras lamentáveis estão neste link: 


Em tempo: A reportagem referida do blog Social parece ter sido deletada.

André Agostinho - DIRETOdosMANGUEZAIS

http://www.diretodosmanguezais.com








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